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Vale lembrar que internet nos ajuda a ser produtivos, mas também nos bombardeia com estímulos inúteis que acabam se tornando somente uma fonte contínua de tensão, além do que, afasta-nos das boas relações. A palavra LIMITE define o modo como devemos lidar com a atual realidade.

Este aplicativo  (whatsapp) criado para facilitar a comunicação e a troca de informações tem um lado muito negativo. Numa ânsia de não perder nada que acontece, deixa-se de lado muitas coisas, ou melhor, muitas boas coisas. Em mesas de restaurantes aquele que não esta teclando é visto como ET da rodada. Chega-se ao cúmulo de em um grupo de pessoas, a conversa ocorrer pelo whatsapp e não olho no olho. Perde-se as relações, perde-se as interações, perde-se habilidades e quando estas são necessárias, não sabemos como lidar.

Uma paciente estes dias relatou que conversava com um rapaz por um aplicativo de relacionamentos. Quando resolveram se encontrar para jantar, não tiveram assunto. Mas como? A conversa fluía virtualmente antes?? Perdeu-se a habilidade do contato, pois tudo virou whatsapp: se conhece alguém na balada e a pergunta é: “Você tem whatsapp?”, ao invés de pedir o telefone; quando você telefona para alguém e a pessoa não te atende, ela não te retorna, ela manda um whats: “Você me ligou?”, e não te retorna. Atendo uma moça que namora com um rapaz que reside em outra cidade. Conseguem se ver nos finais de semana, porém, durante a semana o contato é só via whatsapp, não ouvem a voz um do outro, não sentem a entonação um do outro, não sente-se o outro. Aí a resposta é: o whats é bom porque é de graça…porém, há muitos planos de telefone que também o são. Por que agora este uso desenfreado deste aplicativo?

As relações humanas, cada vez mais abundantes e menos sólidas, caminham em direção ao abismo.  As pessoas têm infinitos contatos em suas redes sociais, virtuais, porém, pouco se lembram da última vez em que  perguntaram, olho no olho, algo singelo como: “E a vida? Anda bem? Como esta a família? Conte as novidades?”, para de fato ouvir com interesse sua resposta.

Ouvi algo este dias que dizia: “Não há como negar que a casca tem sido o lugar mais frequentado do fruto, num ato solene de esquecimento do básico: o que frutifica as relações são as sementes. É preciso dispor de terra fértil e ir fundo até se conectar a elas”.

Não que ele não tenha o lado bom, é bom sim, para enviar fotos, ter grupos de famílias, compartilhar momentos, mas hoje o seu uso esta desregrado, esta causando escravidão, tolhendo as habilidades para uma boa conversa, e para boas relações.

O instituto Gallup fez um estudo para saber a relação de dependência dos americanos com seus smartphones e de acordo com a pesquisa, 81% se mantêm com o dispositivo o tempo todo e mais da metade confere as notificações do celular algumas vezes por hora. A checagem obsessiva, “a cada poucos minutos”, lembra muito o comportamento de um viciado, atinge 10% dos usuários e chega a 20% entre as pessoas de 18 a 29 anos. Esta checagem obsessiva acaba ocupando o lugar de diversas formas de interação. Este é um dado preocupante.

 

 


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