A posptar Madonna, quem diria, um dos maiores ícones de ousadia de todos os tempos, fica apavorada quando escuta um trovão. O ator Keanu Reeves, não dorme no escuro. Ninguém escapa do medo, até porque, ao nascer, já carregamos razões ancestrais em nosso código genético. Um exemplo disso é o do bebê curioso que instintivamente, teme colocar a mão no fogo, porque as labaredas já queimaram seus antepassados. Os mais diversos medos acometem as pessoas: medo de dirigir, de barata, de ir ao supermercado, e por aí vai…
As responsáveis por esse mecanismo são duas estruturas situadas na parte anterior do cérebro, chamadas amígdalas responsáveis por identificar a ameaça e informar que chegou o momento de enfrentar o inimigo, se tiver condições para tanto. Ou então, fugir o mais rápido possível. As amígdalas gravam as situações de risco (imagem, som, ou sensação), e por isso, quando recebem um desses estímulos tocam o alarme novamente, avisando do perigo.
Ao acionar o sistema de alarme, o medo faz com que o organismo deflagre um processo de estresse. Veja o que segue:
1) Aviso de alerta (as amígdalas enviam ao hipotálamo uma mensagem para que aumente a produção de adrenalina, e há uma descarga dessa substância na corrente sanguínea que acelera o funcionamento de vários órgãos e glândulas);
2)Panorama geral ( as pupilas se dilatam e amplia-se o campo visual);
3) Coração a mil (os sistemas cardíaco respiratório trabalham mais rápido);
4) Produção de energia (aumento da produção de sucos gástricos, o que irão transformar os alimentos em força para resolver a situação);
O que fazer nos casos de fobia:
1) Tenha em mente que a situação vai passar (a situação é uma preparação para o desconhecido desaparece assim que se ‘cai na real’. Por exemplo, você está numa rua escura e pressente a aproximação de alguém, logo percebe que é um guarda noturno…a sensação passa rapidamente);
2) Tente desviar a atenção do problema ;
3) Procure ajuda (na psicoterapia cognitivo comportamental há uma técnica chamada dessensibilização sistemática, que é muito recomendada para casos de fobia);
4) Associe terapias comportamentais ao uso de medicamentos.
As fobias são mais comuns do que pensamos, um simples associar de situações, lembrar de algo desagradável frente a algo semelhante no passado, pode desencadear uma reação de fobia e a psicoterapia pode ajudar neste sentido, elaborando uma quebra dessas associações indevidas.
Fonte: www.revistavivasaude.uol.com.br/Edicoes/5/artigo3110-3.asp/
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