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É muito comum a procura por consultas nos consultórios de Psicologia, devido ao fato de os filhos estarem fazendo muita birra, manhas, e afins. Tem-se falado até em nome para este  fenômeno: adolescência do bebê. É quando a criança se dá conta de que é um indivíduo e luta para conquistar o seu espaço – gritando, batendo nos outros ou se jogando no chão. Cabe aos pais ter muita calma, paciência e ensinar que esse comportamento não leva a nada. Em outras palavras, estabelecer limites.

A adolescência do bebê é a fase em que a criança passa a se comportar de modo opositivo às solicitações dos pais. De repente, a criança que outrora era tida como obediente e tranquila passa a berrar e espernear diante de qualquer contrariedade. Bate, debate-se, atira o que estiver à mão e choraminga cada vez que solicita algo. Diz não para tudo, resiste em seguir qualquer orientação, a aceitar com tranquilidade as decisões dos pais, para trocar uma roupa, sair de um local ou guardar um brinquedo. Para completar, não atende aos pedidos e parece ser sempre do contra. Normalmente isto é visto como negativo, porém, nos mostra que a criança utiliza-se de seus recursos para se adaptar e para lidar com seus conflitos, ou seja, ela não esta inerte nas situações. Deste modo cabe aos pais, ensinar, falar, mostrar, com carinho e muita atenção, para que a criança sinta-se bem e protegida nesta fase de adaptações.

A literatura diz que esta fase ocorre por volta dos 2 anos aos 4, mas pode se estender ainda, até uns 5 a 6 anos, dependendo de como se trabalha com a criança nestas situações.

Segundo Larissa Fonseca, a causa para esse período é simplesmente o próprio desenvolvimento natural da criança. A fase dos 2 anos de idade é um período de grandes mudanças para ela. Até então, o pequeno seguia os modelos e as decisões dos pais. Gradualmente, ele passa a se perceber como indivíduo, com desejos e opiniões próprias, e isso gera uma enorme necessidade de tomar decisões e fazer escolhas por si. Sem dúvida, isso acaba gerando uma grande resistência em seguir os pedidos dos pais. Não é exatamente uma ação consciente da criança, mas uma tentativa de atender a esse desejo interior, a essa descoberta de si como um ser independente dos pais. No entanto, ao mesmo tempo em que ela quer tomar suas decisões, ainda tem muitas dificuldades para fazê-lo, dado que ainda não tem maturidade suficiente. Ela discorda até dela mesma! Se você pergunta o que ela quer comer, naturalmente ela responderá uma coisa, e quando você proporciona isso à criança ela não vai querer mais. Suponha que você está com pressa para ir a algum lugar. Seu filho está de ótimo humor até você dizer: “Preciso que você entre no carro agora”. Ele fará tudo, menos atender a sua solicitação. É uma fase difícil para os pais e também para os pequenos. É uma experiência intensa emocionalmente e repleta de conflitos, pois, ao mesmo tempo em que a criança busca essa identidade, ela não quer desagradar seus pais — por mais que isso não pareça possível.

O ideal é sempre ter muita paciência, tolerância e não dar margem para a criança dar este “show”. Como o objetivo é chamar a atenção, se ela não tiver esta atenção, a tendência deste comportamento é entrar em extinção. Devemos entender que este é um processo comum do desenvolvimento e que a nossa criança esta buscando alternativas para se descobrir e aprender lidar com adversidades.

Na dúvida procure um profissional para lhe ajudar a resolver estas questões.


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