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O que é?

Anteriormente conhecido como binge, o transtorno do comer compulsivo vem sendo reconhecido, como uma síndrome caracterizada por episódios de ingestão exagerada e compulsiva de alimentos, porém, diferentemente da bulimia nervosa, essas pessoas não tentam evitar ganho de peso com os métodos compensatórios, e não apresentam distúrbio de imagem corporal. Os episódios vêm acompanhados de uma sensação de falta de controle sobre o ato de comer, sentimentos de culpa e de vergonha.

Como o ato de comer está associado à sensação de prazer, muitas vezes, comemos mais do que seria indicado para suprir as necessidades do nosso organismo. Não é difícil perder o controle diante da feijoada de sábado, do macarrão, da pizza ou do churrasco com os amigos aos domingos. No entanto, é comum depois do terceiro ou quarto prato, sermos tomados de certo arrependimento e prometer que iremos comer comedidamente durante a semana inteira.  Há indivíduos, porém, que perdem o controle quando começam a comer. Esses são capazes de ingerir cinco ou seis mil calorias numa única refeição. São os comedores compulsivos, que precisam de ajuda para superar tal dificuldade.

A maioria das pessoas com essa síndrome são obesas, apresentando uma história de variação de peso, pois a comida é usada para lidar com problemas psicológicos. O transtorno do comer compulsivo é encontrado em cerca de 2% da população em geral, mais frequentemente acometendo mulheres entre 20 e 30 anos de idade. Pesquisas demonstram que 30% das pessoas que procuram tratamento para obesidade ou para perda de peso são portadoras de transtorno do comer compulsivo. Vale ressaltar que todo comedor compulsivo é obeso, para tanto, nem todo obeso, tem o transtorno do comer compulsivo.

Causas

As causas desse transtorno são desconhecidas. Cerca de 50% das pessoas têm uma história de depressão. Se a depressão é causa ou efeito do transtorno, ainda não está bem claro. Muitas pessoas relatam que a raiva, a tristeza, o tédio, a ansiedade e outros sentimentos negativos podem desencadear os episódios de comilança. Embora não esteja claro o papel das dietas nesses quadros, sabe-se que, em muitos casos, os regimes excessivamente restritivos podem piorar o transtorno.

O transtorno do comer compulsivo desenvolve-se a partir da interação de diversos fatores predisponentes biológicos, familiares, socioculturais e individuais. O seu tratamento exige uma abordagem multidisciplinar que inclui um psiquiatra, um endocrinologista, uma nutricionista e um psicólogo. O objetivo do tratamento é o controle dos episódios de comer compulsivo através de técnicas cognitivo-comportamentais e de um acompanhamento nutricional para restabelecer um hábito alimentar mais saudável. O acompanhamento clínico faz-se necessário pelos riscos clínicos da obesidade. As medicações antidepressivas têm se mostrado eficazes para diminuir os episódios de compulsão alimentar e os sintomas depressivos.


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