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Pode-se até  ser colado novamente, mas sempre haverá marcas. A traição pode levar uma pessoa à depressão instantaneamente. Não  imaginamos que seremos traídos. Somos otimistas, pois se fossemos mais pessimistas, ou até mesmo realistas como alguns defendem, não entraríamos em nenhum relacionamento. As estatísticas estão aí para nos assustar: 70% dos homens e 40% das mulheres traem. Se eu dissesse para você que há 70% de chance de um determinado edifício cair tenho certeza que jamais você passaria perto de tal edifício. Mas continuamos, aliás, desejamos ter relacionamentos. Sofremos quando estamos sós. E este deve ser o motivo, por mais que doa ser traído sempre há uma chance de não acontecer, também há a chance de talvez não doer tanto, ou até mesmo de nunca sabermos que aconteceu. Mas quando acontece…

A dor de ser traído vem de vários sentimentos. A decepção com a outra pessoa, pois passamos a perceber que não a conhecíamos tão bem como pensávamos. A raiva de nós mesmos, pois pensamos que de alguma forma somos responsáveis. Pensamentos sobre nunca mais encontrar alguém que possa ser fiel aparecem com a traição e tornam a vida um tormento. Perdemos a esperança de sermos felizes novamente.

A pessoa traída se compara com o outra pessoa que foi objeto de traição, e se não sabe quem é pior ainda, pois sua imaginação o faz sentir muito inferior, feio, sem graça, menos inteligente que qualquer outra pessoa no mundo.

Há sempre a necessidade de saber de quem foi a culpa. E a resposta é certa: SEMPRE DE QUEM TRAIU. Não é correto concordar com os defensores da teoria de que se um traiu é porque o outro era exigente, carente ou sei lá que defeito tenha.  Ou ainda, “traí porque não tinha sexo, ou porque ela não se cuidava”. A traição e uma quebra de contrato. Foi combinado que isso não aconteceria, neste contrato nunca existe a clausula “caso um se torne chato demais o outro terá o direito de traí-lo”. Dizer que foi obrigado a trair, que não teve saída… balela! Traiu porque optou ou porque não soube segurar seus impulsos. Existe sim, a possibilidade de um dos parceiros realmente não cumprir com suas obrigações, ser chato, não se cuidar, brigar ou cobrar demais, mas aí existe uma questão de conversar, colocar em prática as habilidades sociais de modo a tentar solucionar o problema, ou realmente se chegar a conclusão de que não dá mais. Usar isso como desculpa, não só é covardia como é querer jogar para o outro a responsabilidade de um ato que não é do outro. Isso gera no outro os famosos pensamentos automáticos que o levam a pensar várias coisas que não condizem com a realidade.

Na dúvida, procure auxílio de um profissional.

Imagem: www.canva.com


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