Itapema
Psicologa em Itapema Psicologa em Itapema Psicologa em Itapema


A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio. A cada 3 segundos uma pessoa atenta contra a própria vida. As taxas de suicídio vêm aumentando globalmente. Estima-se que até 2020 poderá ocorrer um incremento de 50% na incidência anual de mortes por suicídio em todo mundo.

O grande paradoxo de abordar esses pacientes é que os médicos estão acostumados a diagnosticar e tratar de doenças, inclusive de depressão; entretanto, a maioria deseja resolver problemas de saúde ou de sobreviver, mas não da intenção de morrer, conforme Meleiro (2013).

A maioria das pessoas comunica seus pensamentos e intenções suicidas por meio de palavras com temas de sentimentos de culpa, baixa autoestima, ruína moral, pessimismo, inferioridade, sentimento de pecado e de fracasso, autorrecriminação, inutilidade, menos valia e desesperança. Tudo isso se manifesta no pensamento sobre a forma de ruminação. A comunicação não verbal se apresenta por meio de gestos, atitudes e comportamento e deixa pistas ou sinais de que já não tem vontade de viver ou mais explicitamente a vontade de morrer. Há ainda casos de pessoas que devido à baixa tolerância à frustração podem reagir repentinamente com atos impulsivos autoagressivos, sem planejamento prévio de suicídio.

Existe uma distorção da percepção da realidade, com avaliação negativa de si mesmo, do mundo e do futuro. A realidade é insuportável, há um medo irracional e preocupação excessiva. O funcionamento mental gira em torno de três sentimentos: intolerável (não suportar), inescapável (sem saída) e interminável ( sem fim). O passado e o presente reforçam seu sofrimento e o futuro é negro, sem planos. Surgem a ideação e tentativa de suicídio, que podem culminar com o ato suicida. Os pensamentos da pessoa suicida são os mesmos em todo mundo, independem da cultura, quaisquer que sejam os conflitos, problemas e o transtorno mental.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta três características psicopatológicas comuns nos suicidas: 1. Ambivalência: indivíduos com intenção suicida passam a ter sentimentos confusos de cometer suicídio, intercalam o desejo de viver e o de morrer, um duelo torturante. Há urgência em sair da dor e sofrimento, entretanto o desejo de sobreviver atormenta repetitivamente a sua mente; 2. Impulsividade: o impulso para cometer suicídio é transitório e tem duração de alguns minutos ou horas. Pode ser desencadeado por eventos psicossociais negativos do dia a dia e situações como: morte de ente querido, rejeição, recriminação, fracasso, falência entre outros; 3. Rigidez: quando uma pessoa decide terminar com a sua vida, os seus pensamentos, sentimentos e ações se apresentam muito restritivos, pensa constantemente sobre o suicídio e é incapaz de perceber outras maneiras de enfrentar ou sair do problema. Todo comportamento está inflexível e rígido quanto a sua decisão..

Indagar sobre a ideação suicida traz um grande alívio e liberação dos sentimentos de isolamento. Será uma manifestação de apoio, interesse e competência profissional e irá encorajar a pessoa a procurar ajuda, quando de outra maneira não o faria. Ao contrário do que pensam, perguntar não irá incentivar o ato suicida.

Qualquer indicativo de que a pessoa esteja pensando em se matar deve ser levado em consideração. Muitos pensam que a pessoa que quer se matar não fala, simplesmente se mata. Porém, não é bem assim, quando a pessoa fala deve-se ficar atento, pois ela pode, sim, estar pensando em executar seus pensamentos.

Fonte:Depressão em Pauta


Compartilhe esta página!