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A explicação para o transtorno do pânico é de que não são os eventos reais que causam os sintomas do paciente, mas sim a interpretação/percepção do paciente, ou seja, o que a pessoa pensa sobre determinada situação é que desencadea uma série de reações. Da seguinte forma: os sistemas biológicos são ativados quando o indivíduo interpreta os eventos internos ou externos incorretamente, ou seja, por alguma razão é despertado o sistema de alerta (luta-ou-fuga), o organismo procura riscos externamente, quando não os encontra começa a procurar no interior do corpo, dessa forma, pessoas com pânico interpretam de forma errada as sensações corporais normais. Quando o individuo interpreta as sensações corporais normais como perigosas, ocorre um circulo vicioso que pode levar a mais ansiedade e pânico subseqüente, pois a pessoa passa a prestar mais atenção em seus sinais fisiológicos, acredita que estão alterados, e conseqüentemente tais sinais vão aumentando. Chega um ponto, que até o ato de correr, por acelerar os batimentos cardíacos já é interpretado como início de uma crise. Deste modo, qualquer reação do organismo já leva ao pensamento de que se entrará em crise, e o paciente passa a ter medo de ter medo. O medo de ter a crise acaba gerando a crise. O paciente com pânico avalia o perigo em fatores externos e internos, sente apreensão e crê na catástrofe iminente, e então tem mais sintomas de ansiedade, um aumento na respiração, uma interpretação errônea e catastrófica dos sintomas fisiológicos e das situações de pânico que provocam a perpetuação da interpretação catastrófica e levam a mais dificuldades. Quando os ataques de pânico ocorrem, as pessoas tendem a desenvolver um sistema de evitação de sintomas ou de situações em que tiveram os ataques, isto é chamado de comportamento de segurança. Na Terapia Cognitivo-Comportamental o paciente é ensinado a se distrair quando começar a ter as sensações físicas que teme, são habilitados a desenvolver uma série de estratégias para impedir que se concentre nos sintomas e nas sensações que tem quando enfrentam uma situação que provoque ansiedade e que não possa evitar.O tratamento dos ataques de pânico envolve reduzir a superestimação de eventos desastrosos e corrigir as interpretações catastróficas sobre sensações corporais que os pacientes desenvolvem, ou seja, realizar a reestruturação cognitiva. Os pacientes aprendem que a razão para os seus sintomas é que eles interpretam um fenômeno fisiológico normal de forma incorreta. Pode-se comparar um alarme de carro que dispara na ausência de um ladrão, ao alarme que o corpo das pessoas emitem e que são interpretados de forma incorreta.Para os que pensam que transtorno do pânico “é coisa de quem não tem o que fazer”, saibam que  não é! É sim um transtorno complexo e incapacitante, por isso, diante dos primeiros sinais não hesite, procure ajuda especializada. Ao menor sinal de sentir medo de experienciar algo anteriormente vivenciado de forma negativa, procure ajuda de um psicólogo e de acordo com a gravidade do caso, pode ser necessário o encaminhamento a um médico psiquiatra.


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