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Há muitas dúvidas relacionadas a esta temática. E nesta celeuma encontram-se dois grupos de pais:

  1. Os que querem que seus filhos sejam medicados, para ficarem mais calmos e “sossegarem”; e
  2. Os que têm medo de medicar, por não quantificar os efeitos da medicação a longo prazo.

Pensando nisso, a experiência clínica mostra que o principal fator é fazer uma avaliação “custo-benefício”. Avalia-se que quando há um prejuízo de funcionamento, quando existem áreas que estão sendo prejudicadas, e que a criança possa ser beneficiada com o medicamento, este pode ser pontual, e vale a tentativa. O profissional psicólogo quando percebe que há uma demanda, encaminha a criança para um médico psiquiatra que fará a orientação quanto ao uso ou não da medicação.

Um importante primeiro passo é o diagnóstico bem feito, e este não se resume a aplicação de escalas. Um diagnóstico bem feito consta de avaliação familiar, conhecer o contexto, verificar tentativas anteriores de tratamento, visitas à escola, observações em sala de aula, e entrevista clínica acurada.

Quando a medicação é administrada apenas para a criança sossegar, e não dar trabalho aos pais, não se considera salutar o uso da medicação. A criança pode ser agitada, inquieta, mas não ter prejuízo desenvolvimental e social algum. Neste caso, a terapia e a orientação de pais é a melhor solução.

Por outro lado, quando a criança apresenta dificuldades sociais, exclusão, relacionamentos sociais insatisfatórios, mesmo que com um bom desenvolvimento cognitivo, a medicação pode ser um boa opção, posto que, um prejuízo social pode vir a trazer muitos outros problemas no decorrer da vida.

Importante salientar que a escolha final sempre é dos pais. Cabe ao profissional orientar, explicar os motivos pelos quais pode ser importante medicar, e o que pode acontecer caso a medicação não seja administrada.

É uma decisão muito importante, pois atualmente há uma banalização do medicamento, e tem que se cuidar para que ela seja administrada apenas quando há indicação.

 


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