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A psicoterapia infantil é o atendimento psicológico de crianças. Esse atendimento de crianças, assim como o de adultos, visa a identificação e tratamento de problemas vivenciados pela criança que estão relacionados a conflitos de ordem emocional.

Na psicoterapia infantil tradicional, a criança tem encontros com um psicólogo que em média duram 50 minutos. Nestes encontros geralmente o psicólogo propõe jogos e brincadeiras que entretenham a criança e que ao mesmo tempo permitam que ela comunique coisas que a preocupam. Portanto, é durante a brincadeira que o psicólogo pode ir conversando e interagindo com a criança para que ela se solte, sinta-se acolhida e consiga expressar-se. Talvez uma das mais marcantes diferenças entre a terapia de adultos e a de crianças esteja exatamente no meio de comunicação predominantemente usado: enquanto os adultos falam sobre o que têm sentido e o que os incomoda e gostariam de mudar, a criança se comunica com o psicólogo através da forma como constrói suas brincadeiras.

De início, sessões com os pais podem ser realizadas para que se conheça a queixa, visto que a criança nem sempre sabe o motivo de estar ali. Na Psicoterapia Cognitivo-Comportamental foca-se na queixa, e muitas vezes não se seguem todos os passos formais da anamnese, por se saber que uma intervenção pode trazer alívio de forma mais rápida. Aos poucos, no que surgirem as necessidades, vai se investigando e trazendo os pais para informações mais específicas. No caso de adultos essa parte não ocorre, visto que o próprio paciente já chega com a sua queixa.

É importante lembrar que muitas vezes situações consideradas simples, para nós adultos, são muito difíceis de serem entendidas pela criança. Isso faz com que aquilo que parece uma pequena coisa para nós, seja um problema intenso para a criança, que desperta um grande conflito. A criança, na maioria das vezes, tem dificuldade de identificar claramente e verbalizar o que realmente a assusta e apavora. Entretanto, comportamentos de medo excessivo, choro freqüente e até de certa agressividade são formas dela comunicar que algo não está bem e que ela precisa de ajuda. O adulto pontua isso claramente, a criança tem dificuldades para pontuar suas dificuldades.

Aos poucos, o processo pode necessitar de idas às escolas, para avaliar se o comportamento referido ocorre naquele contexto também, e verificar se há algo relevante que os professores possam comunicar.

Em casos de filhos de pais separados em que um dos cônjuges more em outra cidade, ligações devem ser feitas de modo que tanto pai e mãe, participem do processo. Pelo menos há a necessidade de se tentar fazer com que os dois cônjuges participem do processo. Porém, nem sempre isso é possível. Muitas vezes não há o interesse por parte dos dois lados, mas é preciso tentar. Em casos de ambos morarem na mesma cidade, tenta-se com que o outro cônjuge vá ao consultório para participar, pelo menos algumas vezes. Obviamente, há queixas em que isso não se faz necessário, mas quando a problemática é relacionada a ambos, isto se torna muito importante.

Em se tratando de crianças, muitas vezes o psicólogo é solicitado pelos órgãos judiciais, seja por casos de separação ou por problemas que prejudiquem a sociedade.

Deve-se pensar que toda a criança tem a habilidade de comunicar que algo não está bem consigo. As formas de comunicação utilizadas são basicamente comportamentos, atitudes, reações que o adulto que está por perto perceberá como sendo esquisitas, estranhas, repetitivas e até mesmo irritantes. Por exemplo, é natural que vez ou outra nossos filhos acordem no meio da noite chorando, porque tiveram um pesadelo, e queiram que um dos pais durma com ele. Entretanto, não é natural que o problema para dormir apareça todas as noites, ou ainda, que todas as noites um dos pais tenha que dormir com a criança ou que a criança tenha que sempre dormir no quarto e na cama com os pais. Um outro exemplo, está na criança que começa a ir para a escola. Ela apresentar uma certa resistência para ir nos primeiros dias é também comum, afinal, vai um tempo para ela entender que precisa ir na escola e que coisas legais podem acontecer lá também. Entretanto, uma criança que sempre simula estar doente ou que de fato parece adoecer por temor de ter que ir para a escola, que frequentemente apresenta uma grande dificuldade para deixar o adulto para entrar na escola, está comunicando que a situação está sendo mais dolorosa do que deveria ser. Estes exemplos simples querem dizer que identificar que uma criança está passando por problemas e necessita de ajuda profissional não é algo difícil ou que demanda treinamento árduo. O segredo está no adulto prestar atenção na persistência de comportamentos e sentimentos da criança que parecem não ser adequados, que antes não estavam presentes, que se tornaram frequentes e que mostram não se solucionar.

O atendimento infantil pode ter preços diferenciados, por exigir mais do profissional, utilizar mais recursos e demandar mais tempo. Estes valores podem ser negociados nas primeiras sessões, ou anteriormente quando já se teve um contato com o profissional.

A Psicoterapia Cognitivo Comportamental com crianças é promissora no sentido de que reconhece a importância das variáveis: cognitiva, comportamental, afetiva e socioambiental na etiologia e manutenção de transtornos emocionais.

A Psicoterapia Cognitivo Comportamental com crianças desafia modelos utilizados na intervenção com adultos, exigindo atenção aos contextos interpessoais nos quais as crenças e atitudes das crianças são alcançadas, bem como aos fatores do desenvolvimento associados à mudança comportamental e emocional.

 


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