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Cada vez mais comum nos consultórios de Psicologia, pessoas em busca da felicidade, como se a mesma fosse vendida em potinhos milagrosos! Por outro lado, a correria do dia a dia nos deixa imersos numa realidade caótica, na qual ninguém sabe onde se quer chegar. Busca-se algo perdido sabe-se lá onde, corre-se desenfreadamente atrás de se ter mais, como se esse “ter” mais significasse algo verdadeiramente! O texto abaixo mostra um pouco disso!

 
O AMANTE
Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um!
Há também as que não têm, e as que tinham e perderam!
Geralmente são essas últimas as que vêm ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de: insônia, apatia, pessimismo, crises de choro ou as mais diversas dores.
Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre.
Elas já esperam o diagnóstico de depressão e a inevitável receita do anti-depressivo do momento…
Mas, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que na verdade precisam é de um
AMANTE
“Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas?!“- pensam chocadas, escandalizadas.
Mas eu explico que AMANTE é
“aquilo que nos apaixona”.
É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.
O nosso AMANTE é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta.
É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Às vezes encontramos o nosso amante em nosso parceiro, outras, em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis.
Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto…
Enfim, é “alguém” ou “algo” que nos faz “namorar” a vida e nos afasta do triste destino de “ir levando”.
E o que é “ir levando”?
Ir levando é ter medo de viver.
É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão, perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva.
Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.
Por favor, não se contente com “ir levando”, procure um amante, seja também um amante e um protagonista …
A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental
“PARA SE ESTAR SATISFEITO, ATIVO E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ, É PRECISO NAMORAR A VIDA.”
Texto de Dr. Jorge Bucay


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