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O processo de aprendizagem acontece quando existe uma motivação para aprender e uma necessidade de  aprender. Esta motivação é intrínseca…nasce com a gente, pois já nascemos com a capacidade de nos motivar para algo. Porém, esta motivação só se manifestará à medida que entrarmos em contato com diversos contextos e estes, possibilitarem alguma motivação para alguma coisa.

Se ouvimos uma mãe relatar que seu filho aprendeu a andar de bicicleta sem rodinhas, supomos imediatamente que há pouco tempo, aquela criança não era capaz de se equilibrar por conta própria e pedalar ao mesmo tempo. No decorrer de seus dias, ela presenciou outras crianças andando de bicicleta sem rodinhas e se animou/motivou para tal.  Mas e se ela nunca tivesse visto outra criança sem rodinhas, será que ela se motivaria para tal? A mesma coisa, comer com o garfo sozinha. Em algum momento ela viu alguém comendo dessa forma.

Se perguntamos a uma criança o que ela aprendeu de novo na escola, esperamos que ela nos relate algo novo que não era capaz de fazer anteriormente. Eu levo um escorregão numa poça de água por conta de uma torneira que deixei aberta e afirmo que aprendi da “pior” forma possível a não deixar a torneira aberta. Em todos esses exemplos, reconhecer ou não algo como aprendizagem depende de se considerar o estado presente de algum aspecto do comportamento de uma pessoa em comparação com seu estado anterior, por exemplo, o que antes eu sabia fazer e o que eu não sabia. Aprendizagem, então, é uma relação do organismo com seu ambiente; no qual o organismo se relaciona (resposta) com seu ambiente (estímulo) promovendo modificação neste ambiente e por consequência este ambiente promove uma mudança neste organismo. Um exemplo disso é a criança que enquanto organismo passa a andar de bicicleta sem rodinhas e interage com o meio, e este reforça o seu comportamento por lhe permitir esta situação. A criança aprendeu a andar de bicicleta sem rodinhas por conta de um contexto, em cujo existia um estímulo para tal, talvez o contexto seria ver outras crianças andar de bicicleta sem rodinhas o que serviu de ocasião (estímulo/motivação) para que esta criança passasse a ter a necessidade de aprender a andar de bicicleta sem as rodinhas. Quando questionamos a criança o que aprendeu de novo na escola temos a expectativa de que algo no ambiente escolar serviu de estímulo (ocasião) para que houvesse uma nova aprendizagem. Nesses exemplos houve um contexto, uma resposta do organismo e uma consequência para que a situação de aprendizagem ocorresse. Quando essa consequência é favorável o organismo continua emitindo esse comportamento; quando a consequência é desfavorável o comportamento não é mais emitido; mesmo sendo uma consequência desfavorável podemos dizer que há aprendizagem. Quando eu não deixo mais a torneira aberta, houve uma ocasião (estímulo aversivo) para que esse meu comportamento fosse mantido. Quando eu aprendo a comer de garfo sozinha, é porque alguém reforçou este meu comportamento, e houve a motivação para continuar a fazê-lo.

E assim é a nossa vida, estamos inseridos num contexto que reforça ou não nossas ações, e por isso, essas ações vão se aperfeiçoando ou não, vão continuar ocorrendo ou não, e por aí sucessivamente.

Fonte: www.planetabehavior.com.br


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