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Vamos refletir sobre o Perfeccionismo?

Muitas pessoas sofrem por serem perfeccionistas, e procuram os consultórios de psicologia para diminuir a auto-cobrança e quebrar a crença de que tudo que se faz tem que ser perfeito sempre.

Alguns autores pontuam o perfeccionismo como uma rede de cognições, onde se encontram expectativas, interpretações para os acontecimentos da vida e avaliações constantes de si mesmo e dos outros….

Existem algumas pesquisas da nossa atualidade que buscam compreender os elementos constituintes do perfeccionismo e sua possível relação com patologias: como distúrbios alimentares, depressão, ansiedade, comportamentos obsessivos compulsivos e até comportamentos suicidas. É fato que o perfeccionismo por si só não se constitui de um transtorno psicológico, porém, é muito comum, ele ser sintoma de um outro transtorno outrora classificado como tal. Um exemplo disso é a anorexia e a bulimia. Sabe-se que pessoas com estes tipos de transtorno, em sua maioria, são perfeccionistas.

Existem autores que defendem que não há forma de perfeccionismo sadio, outros propõem que a exigência extrema pode ser positiva em algumas situações, mostrando alta adaptabilidade. Em uma sociedade onde a excelência e a produtividade são posturas valorizadas, podemos compreender porque o perfeccionismo possa ser visto como qualidade. É certo que as pessoas perfeccionistas tendem a fazer tudo a que se dedicam com muita excelência e maestria. Neste sentido, tem-se que para quem convive com o perfeccionista pode ser muito bom, visto que se sabe que tudo que for solicitado a ele será bem feito, porém, para o perfeccionista pode ser muito ruim, pelo peso que ele carrega em ser assim e querer fazer tudo perfeito sempre. Aliado a isso, se o perfeccionista ainda tiver dificuldade em dizer “não”, é problema na certa, pois o acúmulo de funções será um motivo de grande estresse.

De qualquer forma, o que se deve ter em mente é se a pessoa perfeccionista está sofrendo diante dessa tendência de comportamento, que pode ser geradora de ansiedade e estresse elevados.

O perfeccionista depende de um tratamento de longo prazo para que possa aceitar as impossibilidades e imperfeições da vida. Para que o perfeccionismo possa ser tratado, a pessoa precisa ser levada a compreender que tem padrões muito exigentes, e que pode mudar. Além disso, deve reconhecer que não deixarão de gostar dele se ele não fizer tudo da melhor forma sempre. Poucas coisas feitas com qualidade é melhor do que muitas coisas feitas sob grande pressão e estresse. E se por acaso  algo não sair tão bom quanto o esperado, não há riscos de tudo que ele fez de bom ser esquecido.

Outra importante parcela do tratamento consiste em proporcionar um ambiente favorável para que a redução da exigência seja compreendida e reforçada.

Entre as propostas de tratamento estão diferentes técnicas para trabalhar a ansiedade, ensinar a pessoa a lidar com o erro, aceitar diferenças e experienciar outras formas de realizar atividades. Mas, é importante ressaltar que, antes de qualquer tratamento, o perfeccionista precisa entender que essa forma de agir está lhe causando prejuízos e sofrimentos, para que possa buscar ajudar e querer ser ajudado.

A Terapia Cognitivo-Comportamental procura auxiliar o paciente a encontrar formas diferentes de interpretar as situações, e reestruturar cognitivamente os pensamentos rígidos de que tudo deve ser perfeito sempre.


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