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Os pais são os principais fornecedores de bebida alcóolica para os jovens com menos de 18 anos de idade. Um em cada seis jovens de 12 a 13 anos já recebeu bebida dos pais, e na faixa etária entre os 15 e os 16 anos, este número aumenta para um em cada três. Os dados referem-se a menores acompanhados pelo Centro de Pesquisa Nacional de Álcool e Drogas na Austrália. Duas mil famílias participaram do estudo, com duração de quatro anos. O intuito dessas famílias ao dar bebida alcóolica aos menores é permitir que o jovem inicie o consumo em ambiente controlado. Mas a pesquisa revelou que, ao fazer isso, esses pais mais atrapalham do que ajudam.

Muito comum os pais reforçarem o comportamento de beber em casa, “Ah, em casa pode”, “Só em casa né filho?”, e quando estes tomam um porre em casa o discurso é: “Ainda bem que estava em casa filho, que podemos te cuidar”, “Em casa não tem problema”. E não percebem que ajudam o problema a se instalar.

O resultado mostra que jovens que começam a beber no início da adolescência tem três vezes mais chance de vir a beber de forma exagerada aos 16 anos. O ideal, segundo essa pesquisa, é retardar ao máximo o contato com a bebida. Outros estudos corroboram que começar a beber mais tarde é melhor. Um trabalho da Universidade de Vermont, EUA, mostrava que uma única taça de vinho ou latinha de cerveja aos 14 anos aumentava o risco de o jovem encarar uma bebedeira ainda na adolescência. Como esse período de vida é de grande vulnerabilidade, os pesquisadores afirmam que, se o primeiro gole for adiado em seis meses ou um ano, a chance de abuso de álcool aos 16 anos diminui de forma considerável.

Esse dado, é especialmente alarmado ao considerarmos que, apesar de haver restrição legal para o consumo de álcool em torno dos 17 ou  18 anos na maioria dos países ocidentais, o primeiro contato de quase metade dos adolescentes ocorre antes dos 15 anos. Boa parte desses jovens passa a beber regularmente ainda na adolescência.

O uso da bebida ainda na adolescência pode expor os jovens a um maior risco de agressividade, violência, acidentes, doenças sexualmente transmissíveis e dependência de álcool na vida adulta.

Outro trabalho, feito pela Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, analisou todas as campanhas de bebida publicadas em revistas americanas de 2008 a 2010. A conclusão foi que 87% dos anúncios trazem mensagens sobre beber com responsabilidade sem dizer como fazer isso. O estudo faz um alerta: as mensagens de responsabilidade tem menor destaque do que a bebida que promovem. O ideal, afirma o estudo, é que os rótulos  dessas bebidas tenham mensagens explícitas sobre os perigos do consumo, como ocorre com os maços de cigarro.

A crença de que se os pais estão perto protegem os filhos é errônea, visto que o incentivo esta ocorrendo, e depois pode ser tarde para remediar. Na duvida procure um profissional para auxiliá-lo.

 

Fonte: Revista Época


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