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Quando pessoas experienciam situações como doença e hospitalização, a qualidade do ambiente pode afetar diretamente no processo de recuperação. Hospitais pediátricos deveriam investir na melhoria de oportunidades para cada indivíduo assistido, elaborando alternativas de organização em enfermarias pediátricas superpopulosas, no sentido de torná-las mais adequadas ao serviço prestado às crianças. O brincar é uma atividade que deve ser inserida neste contexto, por facilitar a aprendizagem da criança, incentivando sua adaptação e cooperação. O ambiente tem que enfatizar a saúde através de atividades, liberdade de escolha, mobilidade e espaço. Deve-se esperar que a criança desenvolva capacidade de interagir, aproveitando ao máximo as oportunidades para experienciar o brinquedo, passando de sujeito passivo a instigador e controlador ativo. A criança, mesmo hospitalizada, deve ter preservado o seu direito ao brincar, porque o brinquedo é considerado um veículo para o desenvolvimento social, emocional e intelectual. O recurso lúdico neste contexto, não deve ser apenas um incentivo à diversão e entretenimento, mas a uma alternativa educacional (quando empregado como incentivo ao desenvolvimento) e terapêutica (quando auxilia no trabalho para diminuir o estresse, o medo e a ansiedade), conforme Soares e Zamberlan (2001). Além disso, o brincar constitui-se de uma medida protetiva de desenvolvimento.

A aprendizagem é mais eficaz quando é divertida. Assim, a aprendizagem de conceitos relacionados à doença e hospitalização pode ser mais facilmente trabalhada com a inclusão de atividades lúdicas no hospital.

O brincar pode também proporcionar diversão e produzir relaxamento; ajudar a criança a sentir-se mais segura e a diminuir o estresse por estar longe de casa; fornecer um meio para a expressão de sentimentos, para a estimulação, aprimoramento do desenvolvimento e das relações. Através de brincadeiras, crianças praticam como lidar com o complicado e estressante processo de viver, de se comunicar e de estabelecer relacionamentos satisfatórios com outras pessoas.

O brinquedo também pode servir como um elo na relação criança e profissional. A preocupação não deve enfocar apenas o tipo de atividade a ser desenvolvida, mas a relação que se estabelece entre as pessoas envolvidas (criança, pais e profissional), buscando trabalhar aspectos problemáticos relacionados à adaptação a doença e ao hospital.

O Psicólogo Hospitalar, juntamente com os pais das crianças hospitalizadas, num trabalho conjunto tendem a utilizar o brincar com as crianças, para que estas o utilizem como estratégia de enfrentamento, possibilitando-lhes, além de uma continuidade ao seu processo de desenvolvimento, um melhor período de internação e recuperação.

A Psicoterapia Cognitivo-Comportamental possui várias técnicas para trabalhar com o lúdico em hospitais, promovendo assim, uma melhor qualidade para a internação infantil.


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