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E quando a gente se acostuma lá vem uma versão mais atualizada, e necessária. Sim! É preciso atualizar. Por mais que o DSM não seja a única ferramenta utilizada para diagnóstico, ela é uma delas e é bastante importante. Usado com cuidado e parcimônia, nas mãos de bons profissionais, o DSM ajuda e muito.

O DSM 5 carrega problemas estruturais, assim, como o RDOC, o que leva com que o modelo de psicopatologia não seja totalmente confiável e convincente. Apesar de ter um objetivo de ser mais dimensional, O DSM-5 ainda é muito categórico, assim, como o DSM-4. Foi muito criticado, por se esperar que variáveis genéticas fossem mais utilizadas. Tem-se hoje, que o DSM-5 explica algo em torno de 2% apenas das variáveis genéticas, ou seja,  tem pouca contribuição no que tange a respeito de genética, falta da contribuição das neurociências e falta de contribuição da psicologia cognitiva experimental. O RDoC (Research  Domain Criteria) também sistema classificatório, vem com a proposta de substituir o DSM, mas ele ainda é muito biológico e ainda está inacabado.

Algumas mudanças no DSM-5-TR, já sabidas, traduzidas da versão inglês seriam:

– Inserção do Transtorno de luto prolongado: muitas são as dificuldades encontradas para se diagnosticar o luto patológico, bem como, saber qual o tempo que viver o luto é aceitável ou não. Esta nova classificação pretende sanar um pouco essa dificuldade.

– Novos códigos referentes a “outras condições clínicas”, para que se aceite o fato de um paciente ter sintomas graves, mesmo sem ter um diagnóstico.

– A presença do Transtorno de Humor não especificado, para pacientes com humor misto que não apresentem critérios para o transtorno bipolar.

– Inclusão de questões sociais, como o racismo.

-Novas descrições dos sintomas.

– Mudança de Deficiência Intelectual para Transtorno do Desenvolvimento Intelectual, e mudança de Transtorno Conversivo para Sintomas neurológicos funcionais.

– Mudanças de critérios de alguns transtornos, em especial: TEA, Episódio Maníaco, Transtornos bipolar tipo I e II, Transtorno Ciclotímico, Transtorno Depressivo Maior, Transtorno Depressivo Persistente, TEPT em crianças, Transtorno Alimentar restritivo/evitativo, Transtornos Mentais induzidos por substância, Síndrome de Psicose Atenuada.

– Mudanças em especificadores (gravidade do episódio maníaco, humor para transtorno bipolar, características mistas para transtorno depressivo maior, narcolepsia, especificador pós-transição para disforia de gênero.

– Mudanças em questões de gênero, tais como “gênero experienciado”, e “procedimento médico de afirmação de gênero”.

– Algumas mudanças de redação, tais como prevalência, fatores de risco e prognóstico.

 

São apenas alguns dos fatores que terão mudanças, mas lembrando que tem-se que estudar o DMS-5-TR, porém, sem identificar nele uma verdade absoluta, pois ao olhar um paciente não se vê um manual, e sim, uma pessoa num contexto. Às vezes, as classificações podem dar muito certo em algum outro país, e por isso as avaliações devem ser muito cuidadosas e ter no DSM um auxiliar, mas não um ponto final.

 


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