Esta doença cerebral progressiva, ainda sem cura, acomete muitas pessoas e em decorrência disso, o sofrimento da família é iminente.
Sem dúvida o cuidador é a figura mais importante no contexto das demências e precisa saber como lidar com o problema.
Uma das características do portador de Alzheimer é acreditar que esta sendo roubado, perseguido por pessoas estranhas ou membros da própria família. Essa alteração é conhecida como delírio.
Todas as alterações de comportamento apresentadas na doença de Alzheimer são responsáveis por grande transtorno familiar, gerado pela “sensação” de incapacidade que o cuidador sente em manejar adequadamente os pacientes que as apresentam.
É extremamente importante que o cuidador tenha consciência de que o paciente não sabe o que esta fazendo. Agir com calma, paciência e carinho diante de delírios.
Tranquilize-o caminhando pela casa para mostrar-lhe que não há ninguém estranho.
Mantenha objetos familiares a ele espalhados pela casa, para que dessa forma ele não se sinta em ambiente estranho.
Não responda às acusações, lembre-se, ele não sabe o que faz.
Se ele não confia mais em quem sempre administrou suas economias, não se magoe, entregue esta função a outra pessoa de confiança.
Quando ele solicita a todo momento que quer ir embora para casa, leve-o dar uma volta e retorne dizendo: Pronto…Chegamos em casa. Este é um artifício bastante eficaz. No entanto, saia de casa, acompanhado por mais uma pessoa, no momento em que ele estiver calmo.
É muito comum que ao desconhecer um rosto conhecido e amigo, ele o confunda com um agressor de um assalto que nunca existiu. Entenda que este é um delírio e que por mais que ele se ofenda você deve tentar acalmá-lo com carinho. O que para você é um delírio para ele é a realidade.
Use e abuse de toque suave, do abraço e dê todo amor e respeito que o paciente precisa e merece. As situações motivadas pelo delírio devem ser tratadas com delicadeza e seriedade.
Procure auxílio profissional se for necessário, para ter maiores orientações.