Tem-se a impressão de que os pais são tolerantes demais com os filhos. Descobriu-se o contrário.
Em entrevista de Lidia Weber, a mesma coloca que os pais devem seguir seus valores e sua consciência. Falou mais, que o sucesso na criação de seus filhos passa pelo fortalecimento da autoestima das crianças, e isso se faz mais com elogios do que com punições. Muitos pais não sabem elogiar, tem vergonha, e o ideal seria que os pais fossem entusiastas do castigo e inimigos da palmada.
Os pais estão preocupados com seus filhos por duas razões, primeiro pela realidade mesmo. Somos todos bombardeados o tempo todo com notícias sobre violência. Isso dá medo. Outra razão é a quebra de solidariedade entre os adultos. Antes podíamos contar com a sensação de que poderíamos contar com outras pessoas para cuidar do bem estar de nossos filhos, seja parentes, vizinhos, professores e amigos, os quais faziam parte de nossa rede de segurança. Hoje isso não existe mais. É cada um por si. O perigo pode morar ao lado. Esse medo do outro é a expressão mais tangível da paranoia dos pais.
É muito importante retomar essa rede de segurança. Voltar a aprender e confiar. Isso conforta e dá segurança. Os pais também tem que se focar, gasta-se muito tempo com preocupações menores. Se o filho não comeu verdura, se o outro deixou os tênis espalhados pelo quarto, se a filha saiu sem casaco, e por aí vai. Isso não quer dize nada. Só provoca angústia e insegurança nos pais e nos filhos. Antes de fazer tantas ressalvas, questionar-se se isso é essencial e que lição seu filho tirará disso. As vezes, a obsessão com a segurança pode ser mais danosa que os próprios riscos.
A educação dos filhos é difícil, trabalhosa e permeada de dúvidas. Procure um profissional.