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A ciência que se ocupa em estudar nossos comportamentos, cognições e sentimentos é muito mais antiga (século 18) do que a ciência que propõe a eliminar sofrimentos emocionais através da psicofarmacologia.

Remédios com finalidade de controle das emoções e comportamentos surgiram na década de 50. A clorpromazina foi a primeira química específica para pacientes psicóticos – agora bastava ir à farmácia para obter controle de algo que parecia impossível – os pensamentos disfuncionais.

No final da década de 50 surgiram os antidepressivos e o ansiolítico benzodiazepínico.

Em 1986 a fluoxetina gera toda uma “geração prozac” a procura de felicidade – engolindo um comprimido devidamente receitado pelo médico – não será necessário se esconder e nem falar baixo ao declarar em festas que consegue sua mais genuína “felicidade química”. A primeira grande decepção foi a percepção de que a “pílula da felicidade” não deixava mais feliz quem não tivesse deficiências de serotonina em seus cérebros, ou seja, esta droga só faz efeito nos depressivos corretamente diagnosticados e portanto não poderá ser usada como droga recreativa.

O grande mérito dos medicamentos psiquiátricos foi a possibilidade de ajuda às pessoas seriamente comprometidas em suas vidas devido às deficiências químicas. Mas o grande erro da medicina ainda é o de não esclarecer a seus pacientes pontos importantíssimos como:

-Não podemos classificar todo sofrimento emocional e psicológico como deficiência química;

-Enquanto o paciente consome seu medicamento seu humor melhorará, mas isto não significa que ele aprendeu formas mais eficientes de lidar com as dificuldades da vida;

-Nossa química cerebral é uma via de mão dupla, da mesma forma que ingerir medicamentos ajuda a ter pensamentos melhores – desenvolver pensamentos melhores modificará a química cerebral;

-Apenas ingerir medicamentos é acreditar que o ser humano é feito apenas de funções bioquímicas, isto é uma desconsideração ao contexto social no qual o paciente está inserido, ou seja, ele ainda terá a esposa traidora, o amigo agressivo, ou o que quer que esteja provocando sofrimento;

-Todo desenvolvimento de bem estar mental repercutirá em bem estar físico;

Toda ajuda é bem vinda, mas em casos de inadequação comportamental o melhor remédio será o aprendizado de habilidades sociais e não uma pílula a ser engolida num copo d’água.

Não deveria ser considerado como primeira opção o tratamento do tipo: “Dr quero que o senhor me cure, me dê algo que faça o serviço todo, porque dá muito trabalho tentar ser dono de meu próprio comportamento e pensamento. Não quero aprender nada novo, quero algo fácil, assim como engolir um comprimido”.

É complicada a opção falsamente fácil do medicamento psiquiátrico receitado indiscriminadamente por qualquer especialização médica, pois vende a sensação de que o problema pode mesmo ser resolvido por todas as pessoas que ingerem o remédio. Não podemos esquecer-nos de todos os efeitos colaterais e as tentativas e erros até identificar a medicação que dará algo próximo do resultado desejado.

Podemos e devemos usar as possibilidades da psicoterapia que nos ensina a pensar de uma forma mais clara, mais objetiva, mais sensata e com essa “cabeça legal” termos a nossa felicidade sem entorpecimento.

Temos cada vez mais técnicas inovadoras em psicoterapia, temos psicólogos que te ensinam a superar os obstáculos e não a fazer de conta que eles não existem.

Psicólogos em todo mundo estão desenvolvendo estratégias para que sua vivências traumáticas não invadam mais sua mente e suas metas de vida.

A medicação é necessária e ajuda sim!! Mas em casos em que não há uma causa química para o problema, este não será resolvido com comprimidos. Ou você acha que uma pílula pode fazer esquecer a dor da traição? Pode te tornar mais disposto e mais animado, mas você não irá esquecer a dor que sentiu, ou esquecer a pessoa amada. Deste modo, nestes casos, só a psicoterapia poderá ajudar a reestruturar estas experiências de forma mais positiva, de modo a corrigir possíveis distorções cognitivas que causem sofrimento e sentimentos ruins. Seguindo neste exemplo, se uma traição causa tanta dor a ponto de enfraquecer demais a pessoa, a medicação torna-se necessária pra faze-la ter aquela motivação inicial, aquela euforia que a fará ter mais forças pra procurar suas próprias ferramentas na luta contra este sofrimento.

Psicoterapeutas lhe mostram que você pode ser natural e espontâneo sem medo de errar, e até mais, você pode aprender com seus erros ao invés de tentar evitá-los – numa maratona impossível –  a todo custo.

É bom perceber a psicoterapia como uma oportunidade de crescimento – oportunidade de sentir orgulho de si mesmo e de sonhar cada vez mais alto.

Fonte: www.marisapsicologa.com.br

 


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