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O Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor foi acrescentado no DSM-5 e caracteriza-se por:

A. Explosões de raiva frequentes e graves manifestadas por violência verbal e/ou física a indivíduos ou propriedades, desproporcionais em intensidade ou duração à situação ou provocação.

B. As explosões de raiva acontecem várias vezes por semana.

C. O humor é irritável ou zangado na maior parte do dia, entre as explosões de raiva, quase todos os dias, por 12 meses ou mais e é verificado pelo menos em três situações: casamento, família, escola, trabalho, entre amigos e são graves em pelo menos um deles.

D. Os comportamentos citados não ocorrem de modo exclusivo durante uma crise de transtorno depressivo maior e não são melhor explicados por outro transtorno mental como transtorno autista, transtorno de ansiedade de separação, transtorno de estresse pós-traumático e transtorno depressivo persistente (distimia).

E. O Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor não pode coexistir com o transtorno de oposição desafiante, transtorno bipolar e transtorno explosivo intermitente, mas pode coexistir com outros transtornos como depressivo maior, transtorno da conduta, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e transtornos por uso de substância. Pessoas cujos sintomas satisfazem critérios para Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor e transtorno de oposição desafiante devem somente receber o diagnóstico de Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor.

F. Os sintomas do Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor não são resultado dos efeitos psicológicos de uma substância ou de outra condição médica ou neurológica.

O diagnóstico não deve ser feito antes dos 6 anos de idade.

A irritabilidade grave associa-se à marcada perturbação na família da criança, nas relações com os pares, bem como, no desempenho escolar. Devido à baixa tolerância à frustração, essas crianças têm dificuldade em ter sucesso na escola, não participam de atividades comuns, têm explosões de raiva e agressividade o que prejudica suas relações, bem como, dificuldades em iniciar e manter amizades. São comuns comportamentos de risco, ideação suicida, agressão grave e tentativa de suicídio.

Como diferenciar?

A característica central que diferencia o TDDH do transtorno bipolar em crianças envolve o curso longitudinal dos sintomas. Tanto em crianças como em adultos, o TB se manifesta como uma manifestação episódica com manifestações episódicas de perturbação do humor que podem ser diferenciados da apresentação típica da criança. A perturbação do humor que ocorre durante um episódio maníaco é diferente do humor habitual da criança. Assim o transtorno bipolar é episódico e o TDDH não o é. Outra diferença é a presença de humor expansivo e grandiosidade, comuns na mania, mas não no TDDH.

Em relação ao transtorno opositor desafiador (TOD) pode-se afirmar que embora os sintomas do TOD aconteçam com frequência em crianças com TDDH, os sintomas do TDDH são relativamente raros em crianças com TOD. As características marcantes que são comuns aos dois transtornos são a presença de explosões graves e recorrentes e uma perturbação do humor entre as explosões. Além disso, o diagnóstico de TDDH requer prejuízo grave em pelo menos um ambiente e prejuízo leve a moderado em um segundo ambiente. Em apenas 15% das crianças com TOD seriam satisfeitos os critérios para TDDH. Para as crianças em que os critérios de ambos os transtornos sejam satisfeitos, somente o diagnóstico de TDDH deve ser estabelecido. Os sintomas proeminentes do humor no TDDH e o alto risco de transtornos depressivos e de ansiedade em estudos de seguimento justificam a colocação do transtorno entre os transtornos depressivos no DSM-5.

Em relação ao TDAH e ao transtorno de espectro autista, uma criança com TDDH pode receber um diagnóstico comórbido de TDAH, de transtorno de ansiedade, e transtorno depressivo maior. As crianças com transtorno do espectro autista frequentemente apresentam explosões de raiva, quando sua rotina é perturbada.

Vale ressaltar que a taxa de comorbidade do TDDH é mais alta do que outros transtornos do DSM-5, e que o diagnóstico não deve ser feito se os sintomas aparecerem somente em contextos que causem ansiedade, quando as rotinas do autista são alteradas ou em algum episódio de transtorno depressivo maior.

Na dúvida procure um profissional para lhe auxiliar.

Fonte: DSM-5

Imagem: www.freepik.com.br

 

 

 

 


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