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Felizardo foi quem conseguiu ter um período de férias nos últimos dias e pôde deixar de lado a rotina de trabalho, sem se preocupar com horário, trânsito, compromissos, reuniões, metas, chefes, colegas de trabalho. Espero realmente que quem tenha tido essa oportunidade tenha aproveitado para viajar para algum lugar inesquecível, sozinho ou em companhia de pessoas queridas. E sem a companhia de qualquer equipamento que faça lembrar do mundo do dia a dia, como celular, “qualquerformatoqueseja-book”, colegas de empresa indiscretos, etc…se é que isso seja possível nos dias de hoje. A grande preocupação para muita gente é enfrentar a volta à rotina de trabalho nos próximos dias. O profissional espera encontrar tudo como estava, de preferência sem grandes novidades, e melhor ainda se não forem novidades desagradáveis, na estrutura geral. Sem dúvida quem sai de férias espera voltar cheio de energia para um novo período, com novas ideias, novos projetos, e quer ficar feliz em retornar ao trabalho e ser bem recebido de volta, qualquer que seja a posição dentro da organização.

É uma pena que logo de início ele percebe que nem todos ficam felizes com sua volta ou que poucos se interessam em saber o que ele fez durante o tempo em que esteve fora, onde foi, etc. como se ignorassem a sua ausência. A notícia que ninguém espera receber e que pode ser considerada a grande preocupação de muita gente que sai de férias (ou até por isso mesmo deixa de tirar suas merecidas férias) é a de saber que foi demitida da organização, enquanto estava fora, ou substituída no cargo e função por outro colega ou de ter sido transferida para outra área. Saber que terá um novo “chefe” também não é tão bom. De repente, sua posição que era de destaque, foi “elevada” a uma categoria inferior dentro da hierarquia da organização. Lá se vai o status, o poder na tomada de decisões. O colega de trabalho que era considerado seu braço direito pediu demissão porque teve uma oferta melhor durante a sua ausência nas férias e quem ficou responsável não teve argumentação necessária para fazê-lo permanecer na posição e na organização. Agora será necessário procurar alguém para substituí-lo. Ah! O volume de trabalho ficou acumulado durante sua ausência, por algum motivo. Agora será necessário maior esforço, pelo menos por algum tempo, para colocar tudo em dia. E parte das suas energias acumuladas durante as férias começam a ir pelo ralo. A coisa mais interessante (e grave),  é voltar de férias cansado ou estressado, coisa bem possível nos dias de hoje com o trânsito em estradas, confusões de aeroportos, reservas em hotéis, extravios de bagagem, roubos, por exemplo. Voltar ao trabalho depois de umas férias complicadas, pode significar que a pessoa vai precisar de um certo tempo para retomar as atividades, além do que precisará de um tempo para contar todos os detalhes, para quem encontrar nos corredores e reuniões. Pessoas estressadas precisam de mais tempo para entrar no ritmo e começarem a produzir de novo, como se precisassem de dois dias de descanso para cada dia de férias. E você, como pretende e vai enfrentar a volta ao trabalho?

Você acaba de voltar das férias e já sente uma falta de energia inexplicável, dores no corpo e um desânimo enorme ao cumprir suas obrigações?

É bem provável que você esteja com depressão pós-férias, mal que aflige 23% dos brasileiros, segundo estudo realizado pela Isma-BR (International Stress Management Association no Brasil), instituição voltada para a investigação e gerenciamento do estresse.

Se esse é o seu caso, procure ajuda, para rever o que pode estar acontecendo!

 

Fonte: Nelson Fukuyama


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