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Tratar uma pessoa com o distúrbio de acumulação tem sido um grande desafio para os especialistas. Mas alguns tipos de terapia cognitivo-comportamental podem ajudar a reduzir a gravidade do problema. O objetivo é alterar crenças irracionais sobre o valor das coisas e supervisionar o descarte e a organização de objetos. As opções limitadas de tratamento para o transtorno refletem, em parte, o conhecimento ainda relativamente restrito desse grave distúrbio. Alguns psiquiatras argumentam, porém, que com o reconhecimento formal do distúrbio de acumulação no DSM-5 o número de pesquisas sobre a patologia deve aumentar. Até recentemente, muitos profissionais de saúde mental consideravam a acumulação patológica um subtipo de TOC, ou seja, uma espécie de compulsão: atos repetidos ou rituais para tentar dissipar a ansiedade, como verificar o fogão excessivamente para se certificar de que está desligado. Porém, a tendência a acumulação geralmente é comum em pessoas mais pobres, mais idosas e propensas a transtornos de humor e ansiedade, em comparação aos pacientes com TOC. Raramente se dão conta do problema que enfrentam e mais de 80% delas não satisfazem os critérios do TOC, como ter obsessões (pensamentos, imagens, e impulsos recorrentes ou intrusivos). O distúrbio afeta homens e mulheres na mesma medida e atinge de 2% a 5% da população, o que o torna mais prevalente que a esquizofrenia, por exemplo. Pessoas com o transtorno costumam juntar livros, revistas, jornais e até enormes quantidades de roupas que nunca são retiradas da embalagem. Há registros raros de acúmulos de animais. O transtorno pode chegar a proporções graves e em alguns casos, levar a morte. Isso em geral acontece porque os pacientes deixaram o espaço em que viviam inabitável, chegando ao ponto de ter de construir túneis estreitos para se locomover dentro de casa. Cerca de 2% das pessoas com o transtorno são despejadas. Lucini (2009) pontua que na Austrália a acumulação patológica contribui em média com 24% de mortes (facilmente evitáveis) decorrentes de incêndios domésticos. Há relatos de óbitos por sufocamento.  Em abril de 2013, uma mulher de Nova Jersey, de 68 anos, foi encontrada morta debaixo de pilhas de lixo, roupas, bolsas e outros objetos. Ainda não se sabe ao certo o motivo do comportamento. Alguns indícios, no entanto, começam a dar pistas para a compreensão do problema. É comum as pessoas com o transtorno relatarem forte ligação emocional com os objetos. Algumas chegam a atribuir aos pertences qualidades semelhantes às humanas, como sentimentos, apesar de reconhecerem a atitude como irracional. Muitas vezes, os acumuladores insistem em manter itens dispensáveis, como roupas que não servem mais, “só para garantir”, pois acreditam que possam dar algum uso a elas no futuro, ainda que isso seja improvável. A Psicoterapia Cognitivo-Comportamental se apropria de técnicas para investigar os pensamentos que estão mantendo tal comportamento e desta forma, promover mudanças de pensamentos disfuncionais, e posterior, comportamento.

 

Fonte: DSM-5


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