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Quem nunca ouviu falar de Scarlett O´Hara, a heroína mais egoísta da história do cinema, que em…E o vento levou, enfrentou uma guerra civil só para chamar a atenção do homem que queria? Scarlett tem características do transtorno de personalidade histriônica, que ocorre entre 2 a 3% da população. A pessoa vive para ser o centro das atenções. Sempre que isso não acontece, sente-se preterida e corre atrás do prejuízo – mesmo que tenha de fazer uma cena. Geralmente animada, divertida, sagaz, pode ser muito sedutora. Na verdade, tenta seduzir todo mundo. Como Scarlett.
Sua guerra era: conquistar o único homem que não a amava. Scarlett tem duas irmãs, cuja beleza fica esquecida perto da sua. Seu vestido é mais bonito, sua voz é mais alta, seu olhar, mais feminino. Sua presença conquista mulheres pela falsa simpatia e os homens pela beleza. Minutos depois, lá está Scarlett, cercada por mancebos, que deixam as esposas para falar com ela. É essa a atenção que ela busca, não importa o resto.
Daí o transtorno ser atribuído mais frequentemente às mulheres: são características como a sensualidade exacerbada – menos aceita em mulheres na sociedade conservadoras – as mais visíveis num histriônico. Sempre que não consegue algo, Scarlett parte para a sedução. Um homem que faz isso é o “machão”. Já uma mulher… Por outro lado, é mais comum a sociedade aceitar mulheres dramáticas que homens – e a teatralidade é um dos quesitos-chave do transtorno. Scarlett, se chora, não hesita em soluçar, mas olhando de soslaio para garantir o efeito da cena.
Altamente influenciáveis, os histriônicos acreditam em falsas realidades se elas forem ao encontro do que desejam. Não à toa, Scarlett, ao longo do filme, acaba se convencendo de que seus esforços finalmente conseguem seduzir o amado Ashley Wilkes. E o mais importante: o histriônico consegue sempre seu espaço – mesmo que seja no coração dos românticos, que ignoram todas as maldades e atropelos de Scarlett.
Acompanhe algumas características:
# Fica incomodado quando não é o centro das atenções;
# Interage com os outros de forma sedutora;
# Expressa mudanças rápidas e superficiais nas emoções;
# Usa o tempo todo a aparência física para chamar a atenção;
# Fala de forma muito impressionista e carente de detalhes;
# É teatral demais;
# É facilmente influenciado pelos outros ou pelas circunstâncias;
# Acha que seus relacionamentos são mais íntimos do que de fato são.
Diferente do que muitos pensam, este transtorno é um transtorno de personalidade, e para tanto, não tem cura, apenas controle.
O que ele pensa: “Preciso impressionar”
A terapia cognitivo-comportamental pode ajudar estes pacientes a reestruturar suas crenças e seus pensamentos sobre o que eles acreditam ser fundamental. Repensar de forma mais adequada sobre o papel que ser o centro das atenções tem em sua vida, e se comportar de forma mais adequada são os principais objetivos da terapia nestes casos.
Fonte: Revista Super Interessante

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