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Muito se tem falado sobre stress: “Hoje estou estressado”, “Fulano esta estressado hoje”, “Nem fala com ela que esta estressada”…

Mas o que é o stress? Será que sabemos o que realmente significa?

O stress é visto pela abordagem cognitivo comportamental como uma resposta negativa do indivíduo a determinadas situações interpretadas por ele de maneira distorcida e disfuncional, muitas vezes pelo modo de pensar sobre os eventos, sobre si, sobre o mundo e sobre as pessoas; ou seja, as crenças centrais e os pensamentos automáticos exercem influência nas reações dos indivíduos frente às circunstâncias. São os fatores internos do stress.

O indivíduo estressado percebe, interpreta, julga, classifica e processa as informações de uma determina situação segundo suas crenças e de acordo com sua maneira de ver o mundo. As distorções cognitivas (forma inadequada de pensar e julgar os eventos), que são reproduções das crenças irracionais, geram mais ansiedade e estresse, pois o pensamento negativo exerce um impacto negativo sobre a emoção, comportamento, e fisiologia.

Por mais que existam as fontes estressoras externas (situações estressoras), estas não são de fato geradores do stress, mas sim o significado que o indivíduo dá aos eventos em seu aspecto geral. Portanto uma mesma situação pode ser avaliada por uma pessoa como uma tragédia e pela outra pessoa como um desagrado.

stress é uma relação particular entre a pessoa e o ambiente, o qual é visto como ruim e que não esta a altura de seu enfrentamento.

Estas são as 11 crenças irracionais (mais tarde a TCC trocou definitivamente o termo “irracional” pelo “disfuncional”, já que houve questionamentos sobre o termo utilizado pelo autor) de Ellis (1962) para melhor ilustração:

1- Crença de que se deve ser estimado ou aprovado por todas as pessoas virtualmente importantes em sua vida.

2- Crença de que “deve-se ser plenamente competente, adequado e realizado sob todos os aspectos possíveis, para que possa considerar-se digno de valor”.

3- Crença de que “é horrível e catastrófico quando as coisas não acontecem do modo como eu gostaria muito que acontecessem”.

4- Crença de que “certas pessoas são más e perigosas ou desprezíveis e deveriam ser censuradas e punidas por suas maldades”.

5- Crença de que “a infelicidade humana é causada por razões externas e as pessoas têm pouca ou nenhuma capacidade de controlar seus sofrimentos e preocupações”.

6- Crença de que “se alguma coisa é ou pode ser perigosa ou assustadora, deve-se ficar terrivelmente preocupado e ficar ruminando sobre sua possível ocorrência”.

7- Crença de que “é mais fácil evitar do que enfrentar certas dificuldades e responsabilidades pessoais na vida”.

8- Crença de que “uma pessoa é dependente das outras e precisa de alguém mais forte do que ela para poder confiar e apoiar-se”.

9- Crença de que “o passado de uma pessoa é o determinante pessoal de seu comportamento atual e, pelo fato de alguma coisa ter afetado seriamente a vida da pessoa, deverá influir indefinidamente sobre ela”.

10- Crença de que “deve-se ficar extremamente preocupada com os problemas de outras pessoas”.

11- Crença de que “há invariavelmente uma solução certa, precisa e perfeita para os problemas humanos e de que é catastrófico se essa solução perfeita não é encontrada”.

Pensar de acordo com estas crenças é altamente desgastante, visto que ninguém consegue ser perfeito o tempo todo, e nem agir da melhor forma sempre. Pensar desta forma provoca o stress, o qual também acompanha reações psicofisiológicas desagradáveis. Na dúvida, procure um profissional pra te ajudar.


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