Sempre uso este jargão com os meus pacientes quando se queixam que a terapia não esta dando resultados rápidos.
O processo de melhora passa por uma reestruturação de pensamentos, sentimentos e comportamentos que não ocorre de uma hora para outra.
É como um violão! Fácil de comparar! Quando um violão é comprado é fácil de pensar no início da vida. Temos que afinar o violão, verificar suas cordas, ver entonação, sentir o som. Até que sai uma bela melodia!
O mesmo que os primeiros passos, cambaleantes, troteando, alguns tombos, arranhos errados, aquele som totalmente desafinado equivalendo aos trôpegos passos, desafinados na linha a ser seguida.
Tocamos alguns dias, meses…e decidimos querer outra música, outros arranjos. É a vida trazendo novas situações, aventuras, desafios, e lá vamos nós afinar o violão, fazer novas adaptações, ouvir de mansinho, ajustar mais um acorde, até a música nova sair.
Nada acontece repentinamente, à medida que aparecem novos reforçadores, os ajustes são necessários. É necessário afinar o violão, e avaliar se gostamos ou não da nova música. Continuaremos a tocá-la se o resultado for positivo, ou deixaremos de fazê-lo caso a vida nos mostre outras circunstâncias e outros reforçadores. Aí vem uma nova música, cheia de encantos e acordes peculiares àquele momento.
E assim é nossa vida, tocamos diversas músicas de acordo com o período que vivemos, com as situações experimentadas…sempre estamos criando novos acordes para que possamos nos adaptar e nos tornar mais felizes.
A Psicoterapia nos ajuda a afinar nosso violão! Afinal, é preciso afinar o violão para a música sair bonita.